terça-feira, 3 de março de 2015

Conselhos aqui não!

Conselhos aqui não!
Todo governante mal intencionado acha sempre desculpas para não nomear os Conselhos Municipais, mas o que acontece é a total falta de habilidade em saber lidar com as divergências de idéias, representativas de cada área governamental. Os poucos Conselhos Municipais existentes – nomeados dentro de uma obrigatoriedade constitucional, no caso da Saúde e da Educação – não funcionam a contento e quase tem em seu corpo uma maioria composta por amigos e defensores do prefeito e não estão lá para defender os interesses da coletividade, mas mascarar as prováveis mazelas.

Órgão participativo
Poderíamos muito bem, em um governo democrático – proposta eleitoreira – como sociedade organizada ou não, ter uma participação mais efetiva na administração da cidade, desde diagnosticar problemas, elaborar propostas e cobrar ações de cada área. Mas o que tudo indica, nossos mandatários fogem de suas responsabilidades e a sociedade – também pouco participativa e politizada – vai deixando suas inspirações e recursos se perderem pelo ralo do descaso, da irresponsabilidade compartilhada e da incompetência.

Conselho de Turismo
Em 2006, fiz parte do Conselho Municipal de Turismo e em pouco mais de 12 meses – até contrário as vontades do prefeito da época – a instituição indicou caminhos para a execução de ações que viessem a melhorar as condições dos serviços e equipamentos turísticos da cidade. Independente da vontade do prefeito, mas em parceria com órgãos governamentais e do Sistema S, promoveram cursos de capacitação as empresas de recepção, hotelaria e gastronomia da cidade, e ações em defesa de recuperação do nosso mais importante equipamento turístico, o Trapiche Municipal.
Como todo conselho é nomeado pelo prefeito, com mandato de dois anos, nosso prazo se encerrou em 2007 e de lá pra cá, nenhum órgão de representação foi nomeado. São oito anos sem nenhuma participação comunitária, onde secretários e prefeitos se sentem senhores do absolutismo ignóbil.

Silêncio consentido
O mais triste é que a sociedade também não reage, continua repetindo que: é assim mesmo! E os poucos inconformados com a situação, são muitas vezes ridicularizados pelos representantes do poder e acredite, até por aqueles que você tenta defender.

Antonina a cada dia que passa sente na carne a falta de tudo. Fecha aqui, fecha ali e acolá. Mas não podemos perder o pouco que ainda nos resta de dignidade, ao ser vencido pela preguiça do pensamento. Substituindo o argumento pela primária ação de estilingue. É o fundo do poço! E tenho dito.

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